O Jornal da Globo aumentou a realidade

Na coluna Conecte você vai conhecer uma tecnologia de computação gráfica que acrescenta elementos virtuais ao mundo real. Isso se chama realidade aumentada. Confira e aproveite esta viagem virtual.



Parecem figurinhas comuns, mas basta aproximar uma delas da câmera do computador e o jogador impresso no papel se transforma em um personagem de três dimensões. Ele aparece na tela, mas é como se estivesse na mesa.

E não é só isso: com ajuda do teclado ainda é possível brincar de astro do baseball. Arremessar ou rebater umas bolinhas. “Parece que estou jogando baseball, mas é mais tranqüilo”, diz um garoto.

A tecnologia que tornou isso possível se chama realidade aumentada. O princípio é simples: a câmera reconhece códigos impressos nas figurinhas. E cada código aciona um programa que cria os personagens.

“Somos os primeiros a trazer a realidade aumentada para as figurinhas e colocar nas mãos das pessoas”, afirma Stive Grimes, diretor da Topps.

O francês Bruno Uzzan nos mostra o livro do futuro. Ele parece bem simplório, mas quando colocado em frente a câmera do computador...

“Isso é um esboço que só fica completo em frente a câmera. É mais uma forma de combinarmos algo real e o virtual, para interagir”, explica Bruno Uzzan, CEO da Total Immersion.

Decidi experimentar. Bruno me dá um papel com uma paisagem desenhada. Em poucos segundos, tudo aquilo se transforma.

Nos Estados Unidos estão começando a aparecer os primeiros anúncios de carros impressos em realidade aumentada. Assim dá para ver o espaço interno, girar e até trocar a cor.

“É verdade que a realidade aumentada ainda é muito nova. Um nicho de mercado. Mas ocorreram muitas evoluções nos últimos anos e meses”, diz Uzzan.

E foi na Universidade de Columbia, em Nova York, que boa parte dessa história começou.
E também é nela que o futuro dela está sendo escrito. Steven Feiner, um dos pioneiros em pesquisa de realidade aumentada, trabalha num novo projeto: acoplar uma webcam a um óculos.

Isso eliminaria o uso do computador. Tudo que uma pessoa enxergar em realidade aumentada será projetado na lente dos óculos. “Eu acho que no futuro nós poderemos ter óculos muito mais parecidos com óculos comuns”, diz Feiner.

E o que esses óculos vão mostrar? Depende da criatividade dos pesquisadores. Uma idéia é instalar um GPS para o motorista enxergar as informações que hoje nós temos na tela de um navegador que rodam nos Estados Unidos ou aí no Brasil.

'Siga em frente', 'vire a direita'... Isso bem pode acontecer no futuro, mas ninguém precisa esperar para ter surpresas como essa. No mundo dos negócios, tanto nos EUA, como aqui a realidade aumentada é uma arma poderosa.

Eventos musicais, lançamentos de imóveis... "Ela vai conseguir ver o prédio mais de perto, exatamente o empreendimento, ver o que tem, se tem piscina, qual o tamanho do estacionamento”, comenta Rogério Gonçalves, diretor de atendimento da Soluttia.

Mais do que vender prédios, para Gonzalo Martinez, a realidade aumentada pode revolucionar a forma de projetá-los. E como uma evolução leva a outra, mouse e teclado podem estar com os dias contados!

"Eu não posso imaginar como mover todos esses prédios ou todas as estruturas desse modo com um teclado ou interagir com um mouse se eu posso fazer isso com as mãos!", diz Gonzalo Martinez, diretor de pesquisa da Autodesk.

A realidade aumentada já saiu dos laboratórios, é sentida na pele dos pacientes. Essa aplicação da realidade aumentada foi desenvolvida por um físico americano meio por acaso.

Ele tentava encontrar uma forma de usar raios infravermelhos para ajudar deficientes visuais a enxergar. Fez um protótipo e no meio das experiências, passou a mão acidentalmente pelo feixe de luz. Percebeu que as veias ficaram projetadas sobre a pele. O próximo passo foi conversar com médicos para descobrir como isso poderia ser usado.

"Inicialmente, os médicos pensaram: isso aí vai ajudar a gente a fazer coleta de sangue. Principalmente de pacientes idosos, pacientes obesos e crianças, onde é mais difícil a visualização das veias", conta Rodrigo Kikuchi, médico.

Coube a uma equipe de brasileiros adaptar o equipamento a um tratamento bem comum, o de varizes.

A imagem é perfeita. As veias, antes invisíveis, parecem estar à flor da pele. Se alguma estiver dilatada, basta aplicar o laser. Cura sem nenhum corte.

“Antes muitos desses procedimentos necessitavam de cirurgia. A gente precisava encaminhar o paciente a um procedimento cirúrgico que acabava incapacitando ou limitando o seu modo de vida”, comenta Kikuchi.

O diagnóstico começa com uma série de lâmpadas que disparam raios infravermelhos. Eles atravessam a pele, encontram as veias e uma câmera especial registra o reflexo.

As informações vão para um computador, na base do equipamento. Em fração de segundos, ele cria uma animação que reproduz exatamente a posição das veias e projeta essa nova imagem sobre a pele.

"Quando eu faço um movimento com o dedo, eu tô comprimindo antes e depois da veia e quando eu solto a gente vê o sangue preencher essa veia, mostrando que é uma imagem real.", explica o médico.

O tratamento dói no bolso, mas o corpo não sente nada. E isso é bom, na opinião de Ângela, que escapou de uma operação dolorosa graças à realidade aumentada.

Ela não faz ideia do que isso, mas já fala bem da tecnologia.

"Pra mim bastou. Falou, eu vim. Tá feito, sem nenhum corte. Eu acho excelente. Pra mim foi sensacional”, declara Angela Vannini, estilista.

Coletânea Paixão Sertaneja 2009 - CD Som Livre


Banda: V.a
Nome do Álbum: Paixão Sertaneja
Gênero: Sertanejo
Ano de Lançamento: 2009
Gravadora: Som Livre
Tamanho: 100 MB (Cada CD)
Tamanho: 410 MB (Total)
Formato: Mp3
Qualidade: 320 kbps
Servidor: Megaupload
Servidor: Rapidshare

Muinto Bom recomendo :)

Lista de Músicas:

CD1
Servidor:
Megaupload CD1
Servidor: Rapidshare CD1

1. Tem que Ser Você - Victor & Léo
2. Vou Te Amar (Cigana) - Hugo Pena & Gabriel
3. Caso por Acaso - César Menotti & Fabiano
4. Chora, Me Liga! - João Bosco & Vinícius
5. Meu Anjo - João Neto & Frederico
6. Era Só pra Ficar - Nechivile
7. Minta, Finja - Pedro Paulo & Matheus
8. Quem Sabe Seu Amor Sou Eu - Carlos & Jader
9. Vem Me Amar - Marcos & Belutti
10. Dou a Vida por um Beijo - Alan & Alex
11. Uma Chance a Mais - Marco & Mário
12. Tô Abrindo as Portas do Meu Coração - Rud & Robson
13. Amor Vira Lata - Hugo & Thiago
14. Menininha - Tchê Garotos

CD2
Servidor:
Megaupload CD2
Servidor: Rapidshare CD2

1. Leilão - César Menotti & Fabiano
2. Amigo Apaixonado - Victor & Léo
3. Bala de Prata - Fernando & Sorocaba
4. Morro de Saudade - Hugo Pena & Gabriel
5. Falando Sério - João Bosco & Vinícius
6. Cala a Boca e Me Beija - Carlos & Jader
7. Bola de Papel (Menos pra Você) - Tchê Garotos
8. Só de Você - João Neto & Frederico
9. De Tanto Te Querer - Jorge & Mateus
10. Porquê - Alan & Alex
11. Amor sem Fim - Nechivile
12. A Mulher Mais Feliz - Marco & Mário
13. Tudo no Olhar - Marcos & Belutti
14. Estrela - Álvaro & Daniel

CD3
Servidor:
Megaupload CD3
Servidor: Rapidshare CD3

1. Porta-Retrato - Edson & Hudson
2. Sinônimos - Chitãozinho & Xororó
3. Não Posso Ter Medo de Amar - Bruno & Marrone
4. Pare - Zezé Di Camargo & Luciano
5. Separação - Eduardo Costa
6. Difícil Não Falar de Amor - Daniel
7. Amor Além da Vida - Cezar & Paulinho
8. Eu Busco uma Estrela (Yo Busco una Estrella) - Gia
9. Ela é Demais - Rick & Renner
10. Cheiro de Shampoo - Chrystian & Ralf
11. A Mulher em Mim - Roberta Miranda
12. Só Dá Você na Minha Vida - João Paulo & Daniel
13. A Carta - Milionário & José Rico

CD4
Servidor:
Megaupload CD4
Servidor: Rapidshare CD4

1. Coração Bandido - Leonardo
2. Não Faz Mais Isso Comigo - Bruno & Marrone
3. Foi Deus - Edson & Hudson
4. Coração Está em Pedaços - César Menotti & Fabiano
5. O que Vai Ser de Nós - Zezé Di Camargo & Luciano
6. Adoro Amar Você - Daniel
7. 1000 Corações (Mil Corações) - Gian & Giovani
8. Passe o Tempo que Passar - Rick & Renner
9. Fio de Cabelo - Chitãozinho & Xororó
10. Desculpe, Mas Eu Vou Chorar - Leandro & Leonardo
11. É Melhor Assim - Pedro & Thiago
12. Tô Fazendo Falta - Tonny & Kleber
13. Beijinho Doce - Tonico e Tinoco

Fiel – O Filme (2009)

Sinopse: Narrado por torcedores corinthianos, o documentário traz histórias da nação alvi-negra para mostrar o porquê da torcida ser conhecida como fiel. Os depoimentos reiteram a paixão pelo clube e relembram dois acontecimentos marcantes na história recente do Timão: o rebaixamento para a segunda divisão em 2007 e a volta apoteótica no ano seguinte. Fiel traz também depoimentos de jogadores que estiveram nas duas campanhas.

Tamanho: 697MB os 2
Gênero: Documentário
Formato: Avi
Qualidade: DVDRip
Audio: Português
Ano de Lançamento: 2009

Servidor: Megaupload
Servidor: Megaupload

O Filho do Ace Ventura

Sinopse: Quando um bebê Panda é roubado do zoológico e a mãe do pequeno Ace é acusada pelo crime, ele precisa entrar em ação para descobrir a verdade e fazer justiça, honrando assim o nome do pai e da família protetora dos animais.

Gênero: Comédia
Áudio: Português - Inglês
Legenda: SL
Tamanho: 800MB
Formato: AVI
Ano de Lançamento: 2009

Servidor: Megaupload

Mergulho Fatal - DVDRip

Sinopse: O famoso fotógrafo subaquático Dave Chen (Guo Xiao Dong) planeja uma escapada romântica ao levar sua amada Jing Gao (Lee Sinje) para mergulhar na Ilha Yonaguni. Com 10 mil anos de idade, as ruínas localizadas neste local, no extremo oeste do Japão, são uma obsessão na vida de Dave. Anos atrás, ele escondeu ali um anel de noivado, prometendo retornar algum dia e propor casamento à mulher de seus sonhos.
Apesar de compartilhar da felicidade do casal, a irmã de Dave, Helen (Isabella Leong), implora que ele espere mais um tempo, mas não o convence.

Gênero: Ação/Suspense
Ano de Lançamento: 2009
Formato: AVI
Idioma: Português/Chinês
Legenda: SL
Tamanho: 952MB

Servidor: Megaupload

Real Player 11 + Ativação Premium

RealPlayer 11 é a nova versão de um dos players multimídia mais conceituados da internet, o RealPlayer. Afinal, quem nunca encontrou um arquivo no formato RM ou RMVB? É claro que tais formatos perderam um pouco da popularidade por causa da evolução e ascensão de outros codecs, contudo a RealNetworks ainda aposta na divulgação do seu player para se manter bem no mercado.

Na décima primeira versão, o RealPlayer enfim permite que os formatos concorrentes sejam reproduzidos, tais como vídeos em Flash e na extensão MOV, do QuickTime. Coragem para rumar aos mares inimigos ou apenas uma questão de sobrevivência? Só o futuro pode dizer, mas a decisão é audaz.Vídeos, Trailers, Rádios e… Jogos!

O formato RMVB
RMVB é a abreviação para RealMedia Variable Bitrate, uma extensão de arquivos multimídia com a taxa de bits variável. Em média, cada arquivo em RMVB tem a metade do tamanho do que a de um vídeo em DivX/XviD, porém com qualidade semelhante. Tal formato provém do original RM (RealMedia) e sua tecnologia é capaz de variar a taxa de dados em relação à complexidade da imagem disposta em cada quadro.

Servidor: Rapidshare

Pinnacle Steinberg Clean Plus v5.0.1.23 - Full + Serial

Transfira ou capture sons dos seus antigos discos de vinil,fitas cassete e muito mais para seu pc!
Pinnacle Steinberg Clean Plus é um Software que traz um amplificador permitindo que com a entrada USB você faça conexão das antigas vitrolas ou rádios com o PC.
Esse software foi desenvolvido especialmente para a restauração de músicas de LPs e fitas cassete, mídias que tem o (som sujo). Com ele, você pode remover ruídos das músicas e equalizá-as a sua maneira.
Copie seus registros, fitas, CDs e MP3s em CD e DVD, recuperar e optimizar a qualidade do som e remover indesejados crepitação ou salvo.

Tamanho:319 Mb
Formato:Rar
Facilidade de Uso:9
Interface Gráfica:10

Servidor: Rapidshare parte 1
Servidor:
Rapidshare parte 2

McAfee Total Protection 2009

Mais rápido e mais fácil para utilizar:
Execute mais rápido, mais poderosas de fácil-a-run de digitalizações, para garantir a detecção de malware completa no computador.Proteção sem interferência:
McAfee 2009 detecta quando você está no modo de tela inteira e adia alertas de segurança ou anúncios. Assim você pode trabalhar, jogar ou filmes sem interrupção.

Proteção poderosa e confiável:
Aprimorado para entregar a protecção mais abrangente contra o espectro crescente de vírus, spyware e outras ameaças online perigosas.

Fast Anti-Virus e da defesa anti-spyware
Detecta, blocos e remove vírus, spyware, adware e rootkits.

NOVA QuickScan
Permite-lhe procurar ameaças nas áreas mais comumente infectadas no computador, em menos de 10 minutos e máquinas modernas dentro de segundos.

O Network Manager
Permite que você facilmente corrigir problemas de segurança na rede doméstica de um PC. Fornece impressora fácil e automática e arquivo de compartilhamento de computadores em sua rede doméstica que você confia

Servidor: Rapidshare

Aplicativos Comerciais 2008 + Serial

A CompuFour® Software lançou o programa Aplicativos Comerciais® com o objetivo de controle e automação de toda a parte comercial de pequenas e micro empresas de comércio em geral.Tarefas manuais e repetitivas durante o dia-a-dia do varejista podem ser transformadas em processos automáticos, proporcionando ao usuário maior segurança nos dados e agilidade no atendimento, aumentando assim, a credibilidade da empresa.Automatizando a empresa, assim será passado ao cliente uma imagem de empresa forte e inovadora, preocupada em atende-los de maneira rápida e eficiente Retaguarda.

Tamanho: 46mb
Formato: Rar

Servidor: Rapidshare

Banda larga é futuro ou presente da internet no Brasil?

Conexões em alta velocidade ainda são privilégio para poucos, mas essa realidade está mudando para melhor.



Vídeos, jogos, música, interatividade. Milhões de bits por segundo viajando na velocidade da luz pelos quatro cantos do planeta. Construindo um mundo virtual na tela do seu computador. Para aproveitar a Internet do século XXI é preciso velocidade. A tal de Banda Larga.

O problema é que a grande maioria dos brasileiros navega assim, desse jeito, se arrastando nas lentas conexões discadas, aos trancos e barrancos, ficando bem longe das maravilhas do mundo novo digital. Há uma explicação para isso.

Em uma pesquisa feita pelo comitê gestor da Internet no Brasil, pouco mais da metade dos usuários de todo o país disseram que não tem como pagar o alto custo da conexão em banda larga: mais de R$ 100 por mês.

Por isso, os provedores preferem investir devagar na ampliação da internet super rápida. Mesmo assim, o Brasil ainda está entre os dez países onde mais se usa a banda larga no mundo.

Em São Paulo, Reinaldo ainda lembra do tempo em que tinha que correr para fazer seus projetos de arquitetura e entregar tudo nas mãos para o cliente. Depois que começou a usar banda larga, o papel acabou. Nada de canudos. Vai tudo pelo computador. "Eu não preciso mais ir no banco, via de regra não preciso muito mais no escritório, não preciso mais visitar cliente para discutir proposta, proposta vem pela internet". Se bobear, seu cliente nem lembra mais do seu rosto. "Só na hora de pagar", brinca o arquiteto, Reinaldo Franco.

A banda larga de Reinaldo é diferente. Ele está ligado à internet por fibra ótica, em uma velocidade 30 vezes maior que a banda larga tradicional oferecida no mercado e pelo mesmo fiozinho iluminado, chegam na casa dele a linha telefônica, a TV a cabo e a internet.

A operadora responsável pela conexão diz que o futuro é a ligação ultra velóz com a grande rede. Velocidades de 40, 50, 60 megabits por segundo. Suficientes para baixar um filme inteiro em alta definição em apenas nove minutos. E ainda pode ser mais rápido.

A tecnologia disponível hoje no Brasil possibilita às operadoras oferecer ligação à Internet em inimagináveis 300 Megabits por segundo. Neste caso, o mesmo filme em alta definição chegaria na sua casa no tempo que levei para dizer toda esta frase: nove segundos. "Acho que a internet de amanhã vai trazer muito mais experiências relacionadas a vídeo, mas eu não consigo enxergar um outro tipo de necessidade para velocidades tão altas que não seja o vídeo", afirma o Presidente da NET Serviços, José Antônio Félix.

E o futuro já está em fase de testes: no telão, conhecemos como funcionará a TV ligada à internet ultra rápida. Você escolhe o programa e, em segundos, ele se abre na tela da sua casa como mágica, em altíssima resolução.

Mas como funciona a banda larga? O engenheiro explica: na verdade, a velocidade de transmissão quase não mudou desde o início da Internet. "Tudo começa no emissor da informação, que está em qualquer parte do mundo. Ele manda um comando através do computador, esse programa compacta essas informações e transforma em pequenos pacotes. Cada pacote tem seu próprio endereço. Isso vai navegando pela internet por caminhos distintos. E chegam até o destinatário. No destinatário todo o pacote é reagrupado novamente e a informação chega para o usuário final", explica o Diretor de Produtos Residenciais da Telefônica, Márcio Fabbris.

Na banda larga, a quantidade de pacotes enviada de cada vez é bem maior. Portanto, os arquivos são montados muito mais rapidamente. Mas a sede dos usuários por banda larga costuma ser maior do que o acesso disponível. Por isso, pode acontecer uma espécie de "congestionamento" na rede oferecida pelos provedores. Muita gente conectada ao mesmo tempo faz as velocidades caírem. E, às vezes, o que era para ser 10, 20 megabits por segundo, cai para menos de um.

Situação prevista por alguns provedores nas letrinhas miúdas dos contratos. "De acordo com o Código de Defesa do Consumidor são cláusulas que são nulas e totalmente questionáveis. Vale aquilo que foi ofertado para o consumidor: se vendeu um mega, é um mega que tem que ser fornecido", explica a advogada do Idec, Daniela Trettel.

Enquanto a solução não vem, a tecnologia avança e a grande rede aumenta. Olhe bem para este poste: tem algo novo correndo na rede elétrica de Porto Alegre e de várias outras cidades do país. Agora, as tomadas também trazem a internet banda larga para a tela dos computadores.

Um sistema engenhoso, um modulador de sinal ligado à rede de internet, já existente, gera uma frequência especial e a introduz nos fios de eletricidade.
Dependendo do tamanho da rede, é preciso instalar amplificadores de sinal nos postes, a cada 500 metros.

Depois, ao chegar na tomada de uma casa, um modem especial identifica o sinal nos fios e os transforma em informação. Em uma escola, no bairro da Restinga, na periferia de Porto Alegre, as crianças já festejam a chegada da banda larga na sala de aula. A professora também. "A internet para a gente é super importante. A gente tinha uma internet muito lenta e levava uns cinco, dez minutos, dependendo do site, do que a gente quisesse acessar para poder abrir e a aula era de 50 minutos. Ou seja, a metade da aula era perdida e aí o aluno ficava impaciente e acaba que não tem aula", conta a professora.

A rede, que já tem quatro quilômetros de extensão, faz parte de um teste feito pela prefeitura de Porto Alegre, que agora só espera o sinal verde das agências reguladoras. "Nós temos duas grandes agências reguladoras que vão estar envolvidas: a Anatel e a Aneel. A Anatel já regulou a parte do produção dos equipamentos em termos de suas características para ser homologado. Falta agora a agência que regula o uso dessas redes definir como elas serão utilizadas", explica o Diretor-presidente da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, André Kulczynski;

A previsão é que a regulamentação completa aconteça no próximo semestre. O que os internautas esperam agora é que, com mais essa larga porta aberta para a grande rede, o preço da banda larga fique bem menor.

Blu-Ray é candidato a sucessor do DVD

Uma nova tecnologia promete revolucionar a sala da sua casa. É o Blu-Ray, o principal candidato a sucessor do DVD.



Só que, mal chegou às lojas, a novidade está ameaçada por um concorrente forte: a internet.

Os olhos e os ouvidos logo percebem. Dá vontade de levar pra casa. "Eu fiquei abismada com a diferença. A imagem, super nítida", afirma a dona de casa, Desirée Rangel.

Mas algumas lembranças provocam receios. "O consumidor fica sempre na dúvida. Espera a nova tecnologia, compra essa", diz o professor universitário, Ricardo Peçanha.

A história do vídeo doméstico tem vários capítulos e alguns protagonistas que já saíram de cena. No fim da década de 80, o sistema Betamax perdeu espaço, perdeu a guerra completamente para o VHS. Logo depois teve gente que investiu nessa tecnologia, o Laserdisc, que logo saiu do mercado. O DVD reinou absoluto por vários anos, mas e agora? Será que vale a pena comprar a ultima novidade?

Essa é a primeira pergunta que vem ao bolso. "É caro, mas pela facilidade de pagamento também, em dez vezes. Então dá para comprar", diz um consumidor. A tecnologia ela é excelente, mas só depende agora do custo mesmo. O custo tem que abaixar um pouquinho", afirma um estudante.

Tem mesmo. Como todo lançamento, o Blu-ray ainda é caro! O preço do tocador do disco, que também lê o DVD comum, varia de R$ 1.000 a R$ 2.200 no mercado brasileiro.

Mas o investimento não fica por aí. Blu-ray com qualidade máxima, só com televisor de alta definição e um bom sistema de som. Jornalista especializado em novas mídias, Ethevaldo Siqueira é um dos 150 mil brasileiros que têm o Blu-ray em casa. "Se ele não tiver os seis autofalantes, ele não vai ter o efeito que nós temos em uma sala como essa. Ele vai ter no máximo o estéreo, esquerda e direita", explica.

Foram anos de pesquisas. A disputa levou ao ringue dois gigantes japoneses, dois consórcios. Um liderado pela Sony, que inventou o Blu-Ray. O outro, pela Toshiba, com o HD-DVD, que perdeu força na batalha e cambaleou até jogar a toalha, em fevereiro do ano passado. Assim, o Blu-Ray venceu a disputa para entrar num mercado dominado pelo DVD.

O Blu-Ray vem de raio azul, em inglês. Em vez do tradicional laser vermelho, o facho azulado permite a leitura de muito mais informações impressas no disco, que até se parece com o CD e o DVD. Têm os mesmos 12 centímetros, mas a diferença está na capacidade. O DVD armazena 4,7 gigabytes, contra 25 do Blu-Ray. Até duas horas de áudio e vídeo em alta definição.

Colocar duas horas de imagens em alta definição e som de máxima qualidade em um disquinho é uma vitória da indústria. Mas assim mesmo o Blue-ray já nasce ameaçado porque imagem e som de cinema hoje em dia também navegam pela internet.

Assim como o MP3 está desbancando o CD, o download de vídeos em HD pode tornar o disco e o tocador de Blu-Ray obsoletos. Tem muita gente fazendo isso nos Estados Unidos? Muita gente ainda não, só os mais conectados. As empresas não divulgam números, mas sabe-se que milhões de americanos ,em vez de comprar ou alugar os filmes em disco, estão preferindo assistir através da internet. Fica bem mais barato e está ficando a cada dia mais fácil e rápido.

O carioca João Paulo Demasi mora há três anos em Nova York. Gosta de ver filmes no televisor e costumava comprar DVDs. Mas há pouco tempo, isso mudou. Agora ele vê filmes pela internet. "Você pode baixar o filme comprando, alugando ou temporário, que você tem um aparelho que você assiste na sua TV", conta.

Há muitas maneiras de obter os filmes. A que ele mais usa, a mais barata, é um serviço chamado Netflix. Custa o equivalente a R$ 21 por mês. Ele pode ver quantos filmes quiser, normais ou em alta definição. A conexão entre a TV e o servidor da Netflix é feita através de uma caixa que ele comprou pelo equivalente a R$ 215.

"Você acessa o site deles e vê quantos filmes você tem e eu posso ver o filme que eu quiser", explica João. A qualidade da imagem, em alta definição, é a mesma de um disco Blue-ray que na loja custaria quase R$ 90. Outro serviço que João Paulo usa, quando quer comprar um filme, é o Itunes da Apple. O Itunes permite que ele armazene o filme em três computadores, mesmo sem ter o disco, João Paulo agora possui o filme que pode ver e rever o quanto quiser.

Então você tem essa opção de download, que você não tem o disco físico, mas você tem, é seu", afirma. Agora, o Blue-ray não entrega os pontos tão fácil. E ele tem uma arma e tanto. É outro equipamento de uma família bem popular nas casa brasileiras. "A sensação de realidade do jogo é muito maior, e isso junto com o áudio traz um envolvimento muito grande. Você se sente como se tivesse dentro do jogo", afirma Adriano da Rocha Lima, Engenheiro de telecomunicações .

Com tanta realidade, Catarina voa na pista e olha que ainda faltam 12 anos para ela poder dirigir. As imagens fascinam o caçula, de dois anos. Henrique não larga o disco favorito. "Não, Henrique. Tira o filme da boca".

O videogame de última geração foi à aposta da Sony para aumentar o alcance do Blue-ray. Ele também reproduz filmes e ameniza um ponto fraco do formato: a pequena oferta de conteúdo.

A indústria reconhece que tem pouco a oferecer, mas promete mudanças. "A partir já deste ano, 2009, a indústria começa a disponibilizar o que o mercado consumidor quer que são os lançamentos em Blu-Ray, simultaneamente aos lançamentos em DVD e não só mais os catálogos como acontecia antigamente", conta o Diretor geral da Sony Pictures no Brasil, Wilson Cabral.

Comprar ou esperar? Não existe uma resposta para todas as famílias. Depende do orçamento de cada uma, de quanto ela curte filmes e videogames e, principalmente, do desejo de estar entre os primeiros a terem uma novidade em casa.

Games na mira das empresas brasileiras

Os jogos eletrônicos made in Brazil foram assunto da coluna Conecte desta quinta-feira, com Ernesto Paglia.



Um mercado milionário e divertido está na mira das empresas brasileiras: o dos jogos eletrônicos. Os games made in Brazil são o assunto desta quinta-feira da coluna "conecte".

Quer dizer que você ainda acha que reunião de família é um troço chato? Tente outra vez. "Sérgio, você que saca", falam as crianças. Tio Sérgio, por favor. Bengala na mão, controle na outra, e seis décadas de vida digital muito bem vividas. "Eu era acostumado a jogar o Atari que era a sensação, veio no cartucho", relembra Sérgio Bastos.

Diante da tela de 50 polegadas, cabe a família inteira e mais uma penca de primos e vizinhos. "Jogo quando eles deixam né. tem que esperar eles irem dormir porque se eles acordarem com o barulho eles vem correndo jogar", afirma o pai da turma, Rogério Bastos.

No acervo da família Bastos Wagner só não tem jogo made in Brazil. Não é porquê eles não gostem. "A gente sente falta de personagens brasileiros, cenários brasileiros. Não tem, quase não existem", afirma o filho de Rogério

Mas esse jogo pode mudar. Já tem 50 produtoras de videogames país afora. "A gente tem começado a produzir para consoles menores e é ai que o Brasil se concentra. Jogos menores para computadores, jogos pra celulares, certamente, e jogos para videogames portáteis", explica o presidente da Abragames, André Penha.

"Freek" é um brasileiro de nome americanizado e quer ir fundo no mercado mundial de jogos. Ele nasceu da imaginação desta jovem empresa, incubada dentro da Universidade de São Paulo. A história é simples: um diabinho simpático encontra um tridente sagrado e resolve ir pro céu. No disputado mundo dos games, atingir o paraíso pode não ser tão simples. "A gente desenvolve e a gente precisa de uma publicadora para lançar os jogos. E ai a gente mostra isso em feiras internacionais pra ver se alguém se interessa em lançar o nosso jogo", afirma o Diretor da Insólita Abdução Estúdio, Daniel Garcia.

"Em uma analogia ao mercado fonográfico seria a gravadora. Então e nos seriamos a banda que estamos tentando levar um CD para o consumidor final, mas não é a própria banda que vai levar o produto. Ele vai ter um intermediário", diz o sócio da Insólita Abdução Estúdio, Winston.

Os grandes intermediários do mundo dos games são estrangeiros. Não há uma empresa nacional de porte que lance títulos verde-amarelos. É ruim por um lado, mas têm uma consequencia interessante: a mão de obra brasileira começa a ganhar espaço fora do país. Parte disso se deve ao preço, produzir um jogo aqui custa menos da metade do que nos Estados Unidos ou Japão. "O Brasil compete hoje, em termos de custo, com Índia. Nós custamos um pouco mais caro que a Índia, e com leste europeu, mas o Brasil tem uma vantagem em proximidade cultural, diz André Penha.

Entrar nesse mundo cheio de cifrões já virou questão oficial. O governo brasileiro resolveu apertar uns botões e o Ministério da Educação quer turbinar dez projetos de games educativos com bônus de até R$ 140 mil reais.

Quem diria. Houve época em que as pessoas ficavam fascinadas por estes dois risquinhos na tela, jogando esta mancha de lá pra cá. Este era o telejogo, o primeiro videogame fabricado por aqui na distante década de 1970. Era a versão brasileira do pong, feito pela Atari nos Estados Unidos, pois, hoje, os gráficos são tão perfeitos que é possível identificar pessoas de verdade representada nos jogos.

Para competir nesse mercado milionário, é preciso mais: áudio de cinema e boa jogabilidade, um conceito da indústria que mede a facilidade do uso. Tanta sofisticação, depende da mão de obra de primeira, de nível superior!

Para isso, já existem 6 cursos superiores de criação de videogames. Esta faculdade, que vai abrir filial em Brasília, já oferece o curso de jogos digitais. Filmamos o primeiro dia desta turma. o assunto, roteiro. Encontramos a turma do terceiro semestre no laboratório de informática. Olhos grudados nas telas coloridas pelos jogos que eles mesmos criaram.

Marcos Vinicius inventou o "Bubble Cave": o desafio é guiar a bolha de ar pela caverna sem que ela estoure. Jogo simples, com público alvo bem definido. "É um jogo praquele que não tem habito de ficar jogando, apenas como um passatempo de vez em quando, ou ta na fila do ônibus, alguma coisa, por isso esse tipo de jogo é bom pra celular ou outro portátil".

Boa jogada. Os jogos para celulares ocupam uma fatia cada vez maior na receita das empresas de telefonia. Os games custam de R$ 2 a R$ 10 reais. Desse valor, até 60% ficam com a empresa que desenvolveu o programa. Pode parecer muito, mas o dinheiro sempre é dividido por uma equipe grande. No mundo dos games ninguém trabalha sozinho. "Para fazer sozinho dá muito trabalho e quando terminar o trabalho vai estar até ultrapassado já o jogo de tanto que demora", explica o estudante, Marcelo Higa.

Ouviu bem? Fazer game dá trabalho e aprender, ainda mais! O alerta é dos próprios alunos. "Se alguém de repente quiser seguir essa área tenha em mente que não vai mais parar de estudar", diz Marcos.

Como transformar antigos arquivos analógicos em digitais

O avanço da tecnologia formou cemitérios em casa de vídeos em VHS, músicas em discos de vinil e em fitas cassete. Mas a mesma moderna tecnologia permite agora recuperar o que parecia perdido.



Dependendo da idade, mal dá pra acreditar, mas, meninos, eu juro: houve um tempo em que a máquina não tinha botão de play. Pra falar desse passado analógico, só voltando a fita. Para o dia em que aquele rapaz embatucado do início da história ainda estava, digamos, compactado dentro da barriga da mãe.

"É o último dia de barriga. Hoje é dia 20 de outubro de 89. Essa pode ser também a minha última declaração", diz Rozana Abud, a mãe.

Que medo, hein? Felizmente, Rozana teve um parto tranqüilo. Marcos, hoje, com 19 anos, cresceu forte e digitalizado ao lado da caçula de 14, Luciana. Os pais sempre foram moderninhos.

Para não perder a corrida da tecnologia, os Abud precisaram transferir os registros antigos para mídias modernas. Primeiro, do Super-8 para o supermoderno VHS.

“A gente foi mudando de tecnologia porque no final dos anos 80 não tinha ainda essa brilhante coisa do DVD pra gente”, diz Mário Abud, o pai.

Quando chegou o DVD, foi que a história deu um salto. De repente, não havia mais o medo do filme apodrecer nem da fita de VHS mofar, ou pior ainda, desmagnetizar.

Com o DVD, a informação deixou de ser analógica. Virou digital, mas, mesmo que os discos saiam de moda, a informação original está preservada porque foi transformada em arquivos de computador. A lembrança do vovô está garantida.

“O mais gostoso, agora, vendo o filme, eu ouço a voz do meu pai. Ele já faleceu há cinco anos aí, ele estava pleno. Conversando, mostrando a terra, o coração da gente parece que eles estão revivendo mesmo”, diz Rozana.

Imortalizar velhas lembranças é o que faz uma dessas empresas. Donos de uma coleção de players ancestrais, eles transformam quase qualquer som ou imagem em arquivo digital e resgatam antiguidades de fazer chorar.

“Têm casos onde o cliente ta tão ansioso pra ver o vídeo ou o filme digitalizado que ele não espera chegar em casa. Ele assiste aqui mesmo. Ele assiste e chora de emoção, de saudade, seja lá do que for”, diz Carlos Marachlian, diretor comercial, dono da empresa.

As caixinhas pretas contem tesouros do passado. Uma delas, por exemplo, uma fita VHS, tem uma reportagem minha de 1981. Eu quero que estas cenas do meu passado possam ser visíveis no futuro. Por isso, quero que elas sejam passadas para um DVD.

A forma mais simples é com o gravador de DVD. Basta ligar a saída de áudio e vídeo do velho VHS na entrada de áudio e vídeo do gravador. Toca lá, grava aqui direto.

É simples, mas também não oferece nenhum recurso. Exatamente aquilo que está no VHS vai para o DVD, sem menu ou qualquer outro opcional.

Outro jeito é passar a imagem direto para o computador. Basta ligar a saída de áudio e vídeo do VHS na entrada de áudio e vídeo do computador desde que ele tenha placa de captura de vídeo.

Abrir o programa de captura no computador, apertar play no videocassete e Rec no seu desktop. Pronto! As imagens serão transformadas em informação digital e gravadas no disco rígido. Depois, se quiser, pode gravar ou, como dizem os entendidos, queimar um DVD.

O gerente do departamento de engenharia da TV Globo afirma que a mudança para uma mídia digital garante a preservação dos arquivos.

“Mesmo que no futuro apareça uma mídia nova, DVD, memória, um hard disc num formato mais moderno você, simplesmente faz uma transferência de arquivo e a qualidade fica preservada”, diz Carlos Fini, gerente.

A senha para seu Renato viajar no tempo é puro romance. "A Lenda dos Beijos Perdidos" foi o musical que ensinou o funcionário público a amar a música, o cinema e os LPs! Ele tinha apenas 14 anos quando assistiu ao filme pela primeira vez.

“Eu lembro do tempo que eu sintonizava o radio, nas emissoras que passavam trilha sonora do filme”, diz Renato Brandão, aposentado.

Mas ouvir no rádio não bastava e, na primeira oportunidade, seu Renato comprou o precioso LPs com o registro de todos os beijos. Até hoje, o bolachão é uma raridade na pequena coleção do aposentado.

Novidade no século passado, a capa ainda trazia impressa uma série de cuidados para manusear o discão. Um ritual nostálgico para seu Renato.

Para não perder os preciosos discos de vinil, o aposentado decidiu se render à revolução digital. Copiou a pequena coleção para CD.

“Eu vi que ia chegar uma hora que, com o avanço da tecnologia, eu não ia mais ouvir esses discos”, diz o aposentado.

Deixar as velhas mídias é um caminho inevitável. Congeladas em forma de arquivo digital, as mais antigas lembranças ganham fôlego novo para resistir ao futuro.

O Sucesso dos Netbooks

Um novo tipo de computador portátil ganha espaço nas lojas do país: os netbooks. Eles têm menos potência que os notebooks tradicionais, mas são leves e baratos. A reportagem é de Flávio Fachel, que se soma ao time de colaboradores da coluna Conecte.



O poder da conectividade na ponta dos dedinhos. Notebooks prontos para navegar na internet, ligando na velocidade da banda larga...os quartos de um mesmo apartamento? “Conversamos dentro de casa pelo computador para não gritar. Meu marido odeia grito. Ele odeia grito, então a gente conversa no computador para não fazer barulho”, justifica a administradora Scheyla Frediani. Conexão sem limites. “Do jeito que a vida é hoje, não dá para não estar online. No dia em que cai a conexão da internet, eu fico louca”, conta.

Internet, e-mail, mensagens instantâneas, troca-troca de fotos e arquivos que divertem as meninas, mas que nem chega a fazer cócegas no poder dos computadores portáteis que custaram quase R$ 3 mil cada um. Exagero tecnológico? Será que podia ser mais simples? “Nunca pensei nisso!”, admite a administradora.

Mas os fabricantes perceberam: uma quantidade imensa de novos usuários de computadores exige pouco poder de processamento. “Nesses casos, dá para dizer que os laptops de antes eram como usar um canhão para matar um passarinho. Então, uma pessoa que usa só para acessar e-mail, só para conversar no MSN, ela finalmente tem uma máquina serve exatamente para o que ela queria”, explica o analista de mercado Luciano Crippa.

Por isso, em vez de notebooks, chegaram os netbooks. O apelido já indica: servem para navegar na rede, bisbilhotar em sites de relacionamento, trocar e-mails, mensagens instantâneas e também fazer edições de texto ou planilhas. Mas o que anda conquistando mesmo os usuários não é exatamente a tecnologia avançada que eles carregam.

Foi o resultado de uma pesquisa feita nos pontos de venda que multiplicou as linhas de montagem de netbooks em indústrias de computadores. Os vendedores logo perceberam que principalmente as mulheres chegavam em busca de computadores como laptops tradicionais, grandes, mas logo eram seduzidas pelos pequenos netbooks. Não só por causa do preço, não. Mas pelo simples fato de que eles cabem dentro da bolsa.

Pequenos e leves, não passam de um quilo e meio. Maravilha do mundo moderno pronta para entrar em ação em qualquer lugar. “Se você quer mobilidade total paras as atividades do dia-a-dia, acesso à internet, quer ver os jornais no final do dia, é fantástico”, afirma o presidente da Positivo Informática, Helio Bruck Rotenberg.

Mas se você está se tornando mais um dos apaixonados por essas maquininhas, preste atenção: os netbooks são computadores que passaram por uma espécie de "lipoaspiração" tecnológica. As telas são pequenas, com tamanhos entre 7 e 10 polegadas, com menos resolução e menor capacidade de reproduzir imagens perfeitas. O teclado também é menor: dificulta um pouquinho a digitação. Não existe leitor de CD ou DVD. O processador e a memória já melhoraram bastante desde o primeiro modelo lançado, mas ainda ficam bem atrás dos notebooks.

Portanto, entenda bem: o netbook não substitui os computadores tradicionais, capazes de trabalhar com imagens, de fazer projetos de engenharia com rapidez ou de administrar uma pequena empresa online, por exemplo.

Mas a maquininha que está entre as mais desejadas dos últimos tempos faz bem o que se propõe: ligar você à internet. E por um preço relativamente baixo: é possível encontrar um desses aí por R$ 800. E parcelado! “O casamento de caber na bolsa e no bolso o traz para um outro patamar. Acho que ele é um fator predominante para a inclusão digital, justamente pelo preço reduzido, justamente pela portabilidade e justamente por ser um produto que atende à necessidade do brasileiro”, avalia o gerente de marketing da Asus Brasil, Marcel Campos.
Lá vem a auxiliar de enfermagem Fernanda Lima descendo a ladeira em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo. De casa para o trabalho, do trabalho para casa, ela carrega o novo companheiro. “Posso levar para qualquer lugar e não tem aquelas mochilas enormes que nem tem o notebook”, compara a jovem.

Não é todo mundo por aqui que tem a sorte de ter um computador em casa. O deles era comunitário. Todos tinham que repartir o limitado disco rígido de 40 gigabites. “Era uma briga no outro computador. ‘Ah, você mexeu na minha pasta, olha, você apagou uma foto minha.’ Aqui só tem as minhas fotos”, afirma Fernanda. Agora, com o netbook comprado à prestação, Fernanda vai ficar mais conectada com seu mundo. Recados, fotos, música. “Dei um pouco à vista e parcelei o restante em oito vezes”, conta.

A internet ainda é com fio. É como dá para se conectar. Mas que surpresas a tecnologia não reserva para ela, no futuro que já cabe no colo e no bolso?